everything in it's right place (?)
já não tenho mais a mínima vontade de fazer a social. gostaria de dizer que me sinto melhor comigo, porém não há atrativos. quando existem e dou uma chance ao acaso, sempre fica em evidência quem fala mais, mais alto, mais carente uma competição pra receber medalha da deprelândia, e já tenho várias no meu coraçãozinho. nesse momento, inevitavelmente alcanço um estado de auto anulação, buscando alguma admiração no discurso. eu não importo. mas também vou fingir que me importo. tudo é vago, é vão. não me sinto parte de algo tão inconstante, tão nuvem ao ponto de despender atenção e me colocar numa posição sob. não deixa de ser uma leve tempestade particular, a qual não sou convidada e nem quero ser. tempestades não são convidativas. me aninho num manto de pragmatismo antecipado, ou ansiedade real que tende a questionar e pairar sobre relações
líquidas. atualmente, todas se tornaram assim. não escapo, não me excluo. porém não sou e nem quero ser santa, e tenho pouquíssima tolerância para falta de tolerância. todo mundo
precisa se abrir, todo mundo precisa de um acalento, um ouvido, um abraço.
ignorar isso e somente suprir o que é necessário a si é de um egoísmo que
renego. passo minha vida a conhecer, me encantar e desencantar-me pelo ser
humano.
eu ouço a chuva cair lá fora, enquanto me
desaguo por dentro sem me abalar, e nenhuma expressão se solta em meu rosto. isso não é excesso de nada; nem de força nem de fraqueza. é uma ser bem estáticazinha nesse tempo e espaço que me é permitido, aqui e agora.