um.
Depois de um longo, bem longo dia de trabalho,
tomando um vinho na casa duma grande grande amiga.
Entre mil papos e cigarros, pairando por
Orishas e Manu Chao, ela me conta que seu namorado a levou em três (3) eventos
de família, diferentes, em um único dia. Ambas pasmas.
Pausa dramática.
Nos demos conta que, em nosso universo
feminino, isso seria impossível. Porque
quando a gente convida o carinha para churrasco da família, ele já leva como
pedido de casamento, mesmo que tenha sido exatamente da mesma forma
despretensiosa.
E
começamos a pensar sobre "Sexo Oposto". É muito oposto! E o quão
cultural ou histórico ou hereditário seja, há uma distância gigantesca entre
seres que não se habitam, e às vezes, tampouco se orbitam. É a perpetuação da
falsa distância: Quando dois seres sentem as mesmas coisas, mas vieram de
universos diferentes, mesmo que tenham sido criados no mesmo lar, sob o mesmo
teto.
A mulher sempre foi reconhecida pela
sensibilidade. Nós conversamos umas com as outras, e com o todo, e tentamos
entender o porquê de absolutamente tudo. Alguns homens acham enfadonho e esse é
um dos problemas. Nós acabamos sendo as "esquisitas", ou
"loucas", simplesmente por questionar e validar o que recebemos nessa
vida. E assim, nos distanciamos mais e mais. Tudo é sentimento. Primeiro, vem a
sensação. Depois, o sentimento. Faz parte de todas as etapas que passamos para
evoluir tudo o que precisamos evoluir.
Vivemos num mundo que tentamos nos unir; por
qualquer gosto que seja, e nesse movimento, acabamos por nos perder num vórtice
de sensações inúteis, apenas por tentar suprir algum vazio dentro de nós
mesmos. Nos desprendemos uns dos outros, mas antes, nos desprendemos de nós
mesmos, dos nossos vícios e comportamentos.
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