Nossa, que enfadonho ficar escrevendo e pensando nessa falta do
que é essencial nos tempos de hoje.
Mas enfadonho mesmo é o dia a dia, é vivenciar, presenciar,
suportar cada ego carente desconfigurado e falsamente inflado por pura
necessidade de auto aceitação.
No final, antes de qualquer começo, é imposta uma filtragem
traiçoeira de afinidades, selecionando pessoas por um modo conveniente, pois
nada mais é do que um espelho, com olhos de quem tenta desviar seus próprios
defeitos e exigir de quem estiver mais próximo o dobro do que nunca será
atingido por si próprio.
Uma batalha inútil, injusta e infinita, que luta
apenas pelo umbigo próprio, por aquilo que é descartável no outro ser mas nunca
em si. Me questiono frequentemente o caminho, fluxo, o dever de tanta falsa
propriedade. É castradora e arrasta consigo limites que vão muito além do
auto questionamento. É uma cobrança dura e hipócrita que sempre transfere a
carga para quem está próximo.
É um padrão de punição e perdão doentio, e infantil e
irresponsável.
Transmitir e ao mesmo tempo renegar perpetuamente.
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