sexta-feira, 31 de maio de 2019

só lidão


Nossa, que enfadonho ficar escrevendo e pensando nessa falta do que é essencial nos tempos de hoje.
Mas enfadonho mesmo é o dia a dia, é vivenciar, presenciar, suportar cada ego carente desconfigurado e falsamente inflado por pura necessidade de auto aceitação.
No final, antes de qualquer começo, é imposta uma filtragem traiçoeira de afinidades, selecionando pessoas por um modo conveniente, pois nada mais é do que um espelho, com olhos de quem tenta desviar seus próprios defeitos e exigir de quem estiver mais próximo o dobro do que nunca será atingido por si próprio. 
Uma batalha inútil, injusta e infinita, que luta apenas pelo umbigo próprio, por aquilo que é descartável no outro ser mas nunca em si. Me questiono frequentemente o caminho, fluxo, o dever de tanta falsa propriedade. É castradora e arrasta consigo limites que vão muito além do auto questionamento. É uma cobrança dura e hipócrita que sempre transfere a carga para quem está próximo.
É um padrão de punição e perdão doentio, e infantil e irresponsável.
Transmitir e ao mesmo tempo renegar perpetuamente.

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